Recentemente, a rede norte-americana NBC News reportou a segunda morte causada por sarampo no estado do Texas, nos Estados Unidos. A vítima foi uma criança com menos de cinco anos de idade. O caso levanta um alerta internacional sobre o risco crescente da doença, que há poucos anos estava praticamente erradicada em diversos países devido à vacinação em massa.
Diante desse cenário, é fundamental relembrar o que é o sarampo, como ele pode ser fatal, por que ele tem voltado a circular em diversas regiões e qual o papel crucial da vacinação na prevenção dessa enfermidade grave.
O que é o Sarampo?
O sarampo é uma doença infecciosa altamente contagiosa, causada por um vírus da família Paramyxoviridae, do gênero Morbillivirus. Ele se transmite pelo ar, por meio de gotículas expelidas ao tossir, espirrar ou até mesmo falar. Basta estar em contato com alguém infectado para correr o risco de se contaminar — estima-se que o vírus possa permanecer ativo no ambiente por até duas horas.
Apesar de parecer, à primeira vista, uma doença infantil simples, o sarampo pode provocar complicações graves e, em alguns casos, levar à morte, especialmente em crianças pequenas, pessoas com baixa imunidade ou que não foram vacinadas.
Principais Sintomas do Sarampo
Os sintomas geralmente surgem entre 10 a 14 dias após a infecção e incluem:
Febre alta (acima de 38,5 °C)
Tosse seca
Coriza (nariz escorrendo)
Dor de garganta
Conjuntivite
Manchas brancas dentro da boca (manchas de Koplik)
Erupção cutânea: as famosas manchas vermelhas que começam no rosto e se espalham pelo corpo
A doença costuma durar de 7 a 10 dias, mas as complicações podem surgir nesse período ou após a recuperação inicial.
Como o Sarampo Pode Levar à Morte?
Embora muitos se recuperem completamente, o sarampo pode evoluir com complicações graves, tais como:
Pneumonia viral ou bacteriana, que é a principal causa de morte por sarampo em crianças.
Encefalite (inflamação cerebral), que pode causar convulsões, surdez e até deficiência intelectual permanente.
Desidratação severa e desnutrição, principalmente em países com baixa infraestrutura de saúde.
Supressão imunológica, que deixa o organismo mais vulnerável a outras infecções por semanas ou até meses.
Esses riscos mostram que o sarampo vai muito além de uma simples “doença das manchas”.
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico geralmente é clínico, baseado nos sintomas característicos, mas pode ser confirmado por exames laboratoriais (sorologia para detecção de anticorpos IgM ou PCR para identificação do vírus).
Não existe um tratamento específico para eliminar o vírus do sarampo. O tratamento é sintomático e visa aliviar os sintomas e evitar complicações:
Antitérmicos (para febre)
Hidratação
Suporte nutricional
Suplementação de vitamina A em alguns casos
Cuidados médicos rigorosos se houver complicações
Por isso, a prevenção continua sendo a principal arma contra o sarampo.
Vacinação: A Proteção que Salva Vidas
A vacina tríplice viral (que protege contra sarampo, caxumba e rubéola) é altamente eficaz e segura. No Brasil, ela faz parte do calendário de vacinação e é administrada gratuitamente no SUS.
A recomendação padrão inclui:
Primeira dose aos 12 meses de idade
Segunda dose aos 15 meses (com a tetra viral, que também protege contra varicela)
Adultos que não foram vacinados na infância ou não têm certeza do histórico vacinal devem buscar regularizar sua imunização. A vacina é contraindicada apenas para gestantes, imunossuprimidos e algumas outras situações específicas — nesses casos, o médico deve avaliar o melhor caminho.
Por que o Sarampo Voltou a Circular?
A queda nas taxas de vacinação é uma das principais responsáveis pelo retorno do sarampo em diversos países. Movimentos antivacina, desinformação e dificuldades de acesso à saúde pública contribuíram para que surtos voltassem a ocorrer, inclusive com mortes.
O sarampo é uma das doenças mais contagiosas que existem. Estima-se que cada pessoa infectada possa transmitir o vírus para até 18 outras, o que torna indispensável manter altos níveis de cobertura vacinal (acima de 95%) para evitar surtos.
Conclusão: A Informação Salva Vidas
O recente caso de morte infantil por sarampo no Texas serve como um doloroso lembrete: o sarampo ainda é uma ameaça real. É uma doença que pode ser evitada com uma vacina simples, segura e eficaz. No entanto, a desinformação e a negligência com o calendário vacinal colocam em risco vidas inocentes.
Portanto, mantenha sua caderneta de vacinação em dia, incentive a imunização e compartilhe informações corretas. A prevenção começa com o conhecimento — e, nesse caso, a vacina é o verdadeiro escudo.
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