A disidrose, também conhecida como eczema disidrótico, é uma condição de pele que provoca o surgimento de pequenas bolhas nas mãos, nos pés ou em ambos. Apesar de ser relativamente comum, ela ainda gera muitas dúvidas e preocupações, especialmente pelo desconforto e pela aparência das lesões. Hoje vamos discutir o que é a disidrose, suas causas, sintomas, tratamentos, cuidados no dia a dia e desmistificar algumas ideias erradas sobre essa condição.
O que é a disidrose?
A disidrose é um tipo específico de eczema caracterizado pelo surgimento de vesículas (pequenas bolhas) nas laterais dos dedos, palmas das mãos, plantas dos pés e, às vezes, nas bordas dos pés e das mãos. Essas bolhas geralmente são muito pequenas, mas podem se agrupar formando áreas maiores e, ocasionalmente, dolorosas.
Apesar de ser chamada de eczema disidrótico, a disidrose não é causada por problemas diretos no sistema de hidratação da pele ou excesso de água, como o nome pode sugerir. Em vez disso, ela é mais frequentemente associada a fatores internos e ambientais que desencadeiam a inflamação da pele.
Causas e fatores de risco
As causas da disidrose ainda não são completamente esclarecidas, mas alguns fatores estão fortemente associados ao surgimento das crises:
-
Estresse emocional: situações de ansiedade e estresse podem desencadear surtos.
-
Alergias: pessoas com dermatite atópica, rinite alérgica ou outras condições alérgicas têm maior risco.
-
Contato com irritantes: produtos de limpeza, metais como níquel e cobalto, e outros agentes irritantes podem provocar as lesões.
-
Clima quente e úmido: o aumento da transpiração pode estar relacionado ao surgimento das bolhas.
-
Infecções fúngicas: infecções nos pés, como a micose (pé de atleta), às vezes estão associadas à disidrose.
A condição pode se manifestar de maneira aguda (surto único) ou crônica, com recorrências frequentes.
Sintomas da disidrose
Os sintomas típicos da disidrose incluem:
-
Pequenas bolhas cheias de líquido claro, principalmente nas mãos e nos pés
-
Coceira intensa e sensação de queimação

-
Vermelhidão e descamação nas áreas afetadas
-
Em casos mais graves, dor e fissuras na pele
-
Secura extrema após a fase aguda das bolhas

As bolhas costumam desaparecer espontaneamente em algumas semanas, mas podem reaparecer periodicamente se os fatores desencadeantes não forem controlados.
Diagnóstico da disidrose
O diagnóstico é basicamente clínico, realizado por um dermatologista ao examinar as lesões. Em alguns casos, exames podem ser solicitados para descartar infecções por fungos ou bactérias que possam estar imitando a disidrose.
Em situações muito persistentes, o médico pode sugerir testes de contato para identificar alergias específicas, como ao níquel ou cobalto.
Tratamento da disidrose
O tratamento da disidrose visa aliviar os sintomas, acelerar a cicatrização e prevenir novos surtos. As principais abordagens são:
Corticoides tópicos
Pomadas ou cremes com corticoides são a base do tratamento para reduzir a inflamação, controlar a coceira e ajudar na cicatrização da pele.
Compressas úmidas
Aplicar compressas frias e úmidas nas áreas afetadas pode aliviar a coceira intensa e reduzir o inchaço.
Hidratação constante
Após a fase aguda, é fundamental manter a pele bem hidratada com cremes espessos e sem perfume, para restaurar a barreira cutânea.
Antibióticos ou antifúngicos
Se houver infecção secundária (indicação de pus, aumento da dor, mau cheiro), pode ser necessário o uso de medicamentos tópicos ou orais.
Fototerapia
Em casos graves ou recorrentes, a exposição controlada à luz ultravioleta (terapia UVB) pode ser recomendada.
Evitar fatores desencadeantes
Identificar e evitar os gatilhos, como produtos irritantes, metais, calor excessivo e estresse, é essencial para o controle da doença.
Cuidados diários para quem tem disidrose
Manter uma rotina de cuidados ajuda a minimizar as crises:
-
Evitar lavar as mãos excessivamente ou com água muito quente
-
Usar luvas de algodão sob luvas de borracha ao manusear produtos de limpeza
-
Optar por hidratantes específicos para peles sensíveis
-
Evitar joias ou objetos metálicos que possam conter níquel
-
Tentar técnicas de manejo do estresse, como meditação ou exercícios respiratórios
Mitos e verdades sobre a disidrose
A disidrose também está cercada de mitos. Vamos esclarecer:
-
“É contagiosa” – Mito! A disidrose não é uma infecção e não pode ser transmitida de uma pessoa para outra.
-
“É causada por fungos” – Mito! Embora infecções fúngicas possam coexistir ou piorar o quadro, a disidrose é uma condição inflamatória, não infecciosa.
-
“Banhos frequentes ajudam” – Mito! Banhos muito frequentes ou com água quente podem piorar a condição, pois ressecam ainda mais a pele.
-
“Não tem cura, mas pode ser controlada” – Verdade! A disidrose pode ser crônica e recorrente, mas a maioria dos pacientes consegue controlar bem os surtos com os cuidados corretos.
Prognóstico da disidrose
Apesar de incômoda, a disidrose geralmente não traz riscos graves para a saúde e pode ser gerenciada com tratamento adequado e mudanças de hábitos. O acompanhamento dermatológico é importante para ajustar as estratégias de manejo ao longo do tempo, especialmente nos casos mais resistentes.
Ao conhecer melhor a doença, o paciente se sente mais preparado para identificar os primeiros sinais de crise e agir rapidamente, melhorando sua qualidade de vida.
Consulte um Médico Sem Sair de Casa
Cuidar da saúde é essencial, e com a telemedicina isso ficou ainda mais acessível. Não espere os sintomas piorarem para procurar ajuda. Agende uma consulta online e receba orientação médica com comodidade e segurança. A tecnologia permite que você tenha acesso a profissionais qualificados, onde quer que esteja. Cuide-se hoje mesmo!