A psoríase é uma doença inflamatória crônica da pele que afeta cerca de 2% da população mundial. Apesar de não ser contagiosa, ainda carrega muito estigma e desinformação, afetando não apenas a saúde física, mas também o bem-estar emocional dos pacientes. Entender melhor essa condição é fundamental para combater preconceitos e buscar formas eficazes de controle.
O que é psoríase?
A psoríase é causada por um desequilíbrio no sistema imunológico que acelera a renovação das células da pele. Em vez de serem trocadas a cada 28 dias, como ocorre normalmente, essas células se acumulam em poucos dias, formando placas espessas, avermelhadas e descamativas, geralmente acompanhadas de coceira ou dor. Essa resposta inflamatória exagerada está ligada a fatores genéticos e ambientais.
Quais são os tipos de psoríase?
Existem diversas formas de psoríase, cada uma com suas particularidades:
Psoríase em placas: é o tipo mais comum, com lesões avermelhadas e escamosas, geralmente nos cotovelos, joelhos e couro cabeludo
Psoríase gutata: aparece em forma de pequenas manchas, muitas vezes após infecções, como amigdalite
Psoríase invertida: ocorre em áreas de dobras da pele, como axilas e virilha, com lesões mais úmidas
Psoríase pustulosa: mais rara, caracterizada por bolhas de pus não infecciosas sobre a pele
Psoríase eritrodérmica: forma grave e extensa que exige atenção médica imediata
Causas e fatores de risco
A origem da psoríase envolve predisposição genética, mas fatores ambientais podem desencadear ou agravar a doença:
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Histórico familiar de psoríase
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Estresse emocional intenso
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Infecções (especialmente por estreptococos)
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Tabagismo e consumo excessivo de álcool
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Uso de certos medicamentos, como betabloqueadores ou lítio
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Traumas na pele (fenômeno de Koebner)
Sintomas mais comuns
A psoríase pode variar muito de pessoa para pessoa, mas os sintomas mais frequentes incluem:
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Placas vermelhas com escamas brancas ou prateadas
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Coceira e ardência
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Pele ressecada e com rachaduras que podem sangrar
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Unhas deformadas ou com manchas
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Dor nas articulações, no caso da psoríase artropática
Diagnóstico
O diagnóstico da psoríase é feito por um dermatologista, geralmente por meio da análise clínica das lesões. Em casos duvidosos, uma biópsia da pele pode ser solicitada para confirmar a condição e descartar outras doenças de pele, como dermatite seborreica ou micose.
Tratamento da psoríase
A psoríase ainda não tem cura, mas pode ser controlada com tratamentos eficazes. A escolha da abordagem vai depender do tipo, da extensão das lesões e da resposta individual:
Tratamentos tópicos: cremes e pomadas com corticosteroides, calcipotriol (análogos da vitamina D), ácido salicílico ou alcatrão de hulha ajudam a reduzir a inflamação e a descamação
Fototerapia: exposição controlada à luz ultravioleta, feita em clínicas especializadas, pode ser muito eficaz em casos moderados
Medicamentos sistêmicos: usados em casos mais graves, incluem metotrexato, ciclosporina e acitretina — sempre com prescrição e acompanhamento médico rigoroso
Biológicos: medicamentos de última geração que agem diretamente nas células inflamatórias envolvidas, como adalimumabe, secuquinumabe e ixekizumabe
É fundamental que o tratamento seja individualizado e que o paciente nunca se automedique, pois alguns remédios podem agravar a doença. Além disso, muitos deles só podem ser adquiridos com receita médica.
Psoríase e qualidade de vida
Mais do que uma condição dermatológica, a psoríase pode impactar profundamente o bem-estar emocional e social. A visibilidade das lesões pode levar ao isolamento, ansiedade, depressão e até discriminação. Por isso, o suporte psicológico e o acolhimento são partes essenciais do tratamento.
Muitos pacientes relatam que as crises de psoríase pioram em momentos de estresse, o que reforça a importância do cuidado integral com a saúde mental. Atividades relaxantes, acompanhamento psicológico e grupos de apoio podem fazer toda a diferença.
Mitos e verdades sobre psoríase
Psoríase é contagiosa? Não. A doença não passa de uma pessoa para outra
Banhos de sol ajudam? Sim, desde que com moderação e orientação médica, a exposição solar pode melhorar as lesões
Alimentação influencia? Em alguns casos, sim. Alimentos muito inflamatórios, como ultraprocessados e álcool, podem piorar os sintomas em certos pacientes
Estresse causa psoríase? O estresse não causa, mas é um gatilho poderoso para o surgimento ou agravamento das lesões
Conclusão
A psoríase é uma doença crônica que exige cuidado contínuo, mas com os tratamentos disponíveis atualmente e apoio médico adequado, é possível controlar os sintomas e viver bem. Procurar um dermatologista ao notar os primeiros sinais é o primeiro passo para garantir um diagnóstico correto e evitar complicações.
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